A importância da cobertura verde nos momentos de pousio

A importância da cobertura verde nos momentos de pousio
A importância da cobertura verde nos momentos de pousio

A melhor safra para um produtor é aquela que de fato gera bom lucro, rentabilidade é mais importante que produtividade a todo custo. No Brasil, o calendário agrícola é um dos mais dinâmicos, segundo a Conab podem ser cultivadas até três safras no mesmo ano. Mas para que haja um resultado positivo nas safras, especialmente na cultura de soja, é necessário que a terra ‘descanse’ por um período. Isso é conhecido por pousio.

A técnica do pousio traz os primórdios agrícolas realizados há milhares de anos. Ela impede exatamente o desgaste do solo, uma vez que por um determinado período é feita uma pausa no plantio das culturas sequenciais.

Esse procedimento de ‘pausa’ entre uma safra e outra permite a recuperação da bioestrutura da área da terra, possibilitando maior profundidade de enraizamento e qualidade de nutrientes para um futuro plantio.

Alguns agricultores, por exemplo, que realizam o pousio, plantam espécies arbóreas com um mix de plantas regenerativas, ou seja, cobertura verde, para ampliar a regeneração da região, elevando o número de nutrientes minerais, diminuindo a compactação do solo e a diminuição de doenças e plantas daninhas competidoras, pelo efeito da rotação.

Cobertura verde

Antes de adentrar para a importância da cobertura verde nas lavouras, é preciso saber quais são as espécies mais utilizadas nesse intervalo de uma safra para a outra.

Dentre as mais cultivadas estão aveia, nabo forrageiro, azevém, ervilhaca, crotalária, mucuna, tremoço, centeio, milheto e trigo, etc.

Vale ressaltar que para cada cultura há um momento certo para o plantio, podendo ser no verão ou no inverno, dependendo da localidade da lavoura.

Quais são os benefícios do uso dessas plantas na lavoura? Segundo a Epagri são para:

  • Combate à erosão: A presença das plantas de cobertura evitam a erosão do solo, ou seja, elas funcionam como uma camada protetora que evita o impacto direto das gotas de chuva sobre o solo.
  • Fauna benéfica: A fauna que vive na superfície e nas camadas superiores do solo encontra abrigo e alimento nas plantas de cobertura. Isso reduz, inclusive, problemas com pragas e doenças.
  • Matéria orgânica: Promove a estruturação do solo, a retenção de umidade e o aumento da porosidade, permitindo a circulação de água e ar. 
  • Isolante térmico: Impede que os raios solares atinjam a superfície do solo. Isso também faz com que reduza a evaporação da água do solo.
  • Compactação: Amortecedor contra o peso excessivo de máquinas, tratores e animais, diminuindo o risco de compactação superficial do solo. 
  • Papel das raízes: Aumentam a porosidade do solo, facilitando a infiltração de água.
  • Nitrogênio: As plantas são as únicas responsáveis na natureza por incorporar o nitrogênio ao solo.
  • Plantas daninhas: As plantas de cobertura reduzem o potencial de germinação das sementes de plantas daninhas.
  • Herbicida natural: Durante a decomposição da palha, são liberados alguns compostos orgânicos que inibem o crescimento das espécies daninhas. 
  • Pragas e doenças: Plantas de cobertura não são atacadas pelas mesmas pragas das culturas comerciais e, por isso, acabam interrompendo o ciclo de vida desses agentes. 
  • Controle biológico de pragas: A crotalária, por exemplo, pode ser usada para controlar nematoides que atacam culturas da soja, do fumo e da cebola.

Cuidados com as plantas de cobertura

Para se ter um bom resultado neste período de entressafra, a semeadura dessas plantas de cobertura deve ser bem planejada para evitar transtornos. Como por exemplo, as espécies não devem apresentar dormência de sementes, sendo que em seu manejo é importante que sejam eliminadas antes de produzirem sementes viáveis.

É necessário também que sejam de fácil eliminação. Tais cuidados devem ser tomados para que estas plantas não venham a se tornar plantas indesejáveis.

No caso de serem empregadas como cultivo intercalar, é importante observar o hábito de crescimento e vigor das plantas, para que não venham competir por recursos com a cultura agrícola, ou prejudicar a execução de algum trato cultural.

Além disso, as plantas utilizadas devem ter boa sanidade e não hospedar pragas ou doenças que possam vir a prejudicar o cultivo agrícola.

Obrigatoriedade de comprovar período de descanso do solo

Há uma grande discussão na Câmara dos Deputados para que o Código Florestal (Lei 12.651/2012) sofra alteração no sentido de obrigar a comprovação do período de pousio por meio do seu registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Pelo Código Florestal, hoje, uma área rural consolidada: área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção do regime de pousio.

Para o relator da proposta, senador Irajá (PSD-TO), sem a obrigatoriedade de averbação no CAR, é impossível fiscalizar o cumprimento do pousio, o que fragiliza a proteção do solo

Um ponto muito importante deste tema é que o pousio deve ser utilizado para regeneração do solo, ou seja, deve-se utilizar um mix de plantas forrageiras para garantir este objetivo. Fazer pousio deixando a terra descoberta prejudica o solo e ainda cria um ambiente propício para proliferação de plantas daninhas.

Benefícios da tecnologia

Quando se fala em tecnologia não tem como deixar de lado a NetWord Agro, que oferece soluções para o monitoramento digital de solos, lavouras e pastagens com tecnologia proprietária de última geração. Seja o controle do solo ou da lavoura, a NetWord Agro traz a segurança e precisão dos dados para o produtor tomar a melhor decisão de manejo.

De que forma? Unindo tecnologias para o monitoramento, como:

  • Sensor de condutividade elétrica de solos, gerando mapas da real disponibilidade dos nutrientes. A partir deste sensor também os mapas de compactação de solos;
  • Sensores colocam a propriedade em rede;
  • Drones/ VANTs entregam monitoramento aéreo de lavouras e pastagens em 100% da área de forma automática (sem necessidade de pragueiros e armadilhas) e de forma preditiva, ou seja, identificando os agentes causadores de danos antes do dano;
  • Monitoramento do tempo: estações meteorológicas de parceiros.

Os sensores de solo da NetWord Agro, desenvolvidos pela própria empresa, são sensores portáteis que permitem a sua utilização em vários momentos da lavoura gerando informações da real disponibilidade dos nutrientes do solo e as informações de compactação de solos, tudo isso em mapas georreferenciados.

Para o monitoramento de lavouras e pastagens é realizado um voo e a partir das fotos o sistema gera mapas preditivos que indicam onde pragas, doenças e daninhas podem ocorrer antes mesmo que elas aconteçam. Esses mapas são inseridos no GPS dos maquinários agrícolas possibilitando que as pulverizações sejam feitas de maneira tecnológica, ou seja, apenas nos grides georreferenciados onde elas são necessárias. 

Essa gestão inteligente dos recursos maximiza a produtividade da lavoura e ajuda o produtor a economizar, gerando uma maior rentabilidade de cada talhão. 

Todavia, manter a saúde do solo exige acompanhamento constante e análises recorrentes para prevenir possíveis problemas. Assim, quanto maior o conhecimento sobre os fatores que interferem nisso, melhores e mais rápidos são os resultados alcançados.

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