Quem trabalha com o agronegócio utiliza diversas práticas de abordagens de manejo, seja as mais tradicionais como também as bem inovadoras.
Porém, mesmo com as tecnologias que ajudam na assertividade do manejo e consequentemente da colheita, menos desperdícios e mais lucros, alguns modelos são transmitidos de geração em geração para o manejo tradicional das lavouras.
Uma delas é a rotação de culturas. Ao contrário do que possa parecer, esta medida não se limita a alternar cultivares. Mais do que isso, ela demanda conhecimento técnico e planejamento.
Continue a leitura para entender melhor como isso funciona.
O que é o sistema de rotação de culturas?
Antes de saber quais as vantagens e desvantagens de se fazer a rotação de culturas, você precisa entender o que é isso, certo? De maneira bem objetiva a rotação de culturas é a prática de se alternar a espécie de planta cultivada a cada safra ao longo dos anos para um sistema mais produtivo.
Fazendo essa rotação se consegue desenvolver melhor as lavouras, ou seja, ajudando na reposição dos nutrientes de solos permitindo uma terra com alta fertilidade.
Monocultura
O oposto disso é a monocultura, que foca no cultivo de uma única cultura. Um dos exemplos disso ocorre em regiões que por condições climáticas só é possível uma única safra por ano.
Outro exemplo de monocultura são as culturas perenes ou de ciclo mais longo como a cana-de-açúcar, plantada na região da Zona da Mata, no Nordeste do Brasil; em São Paulo e em Minas Gerais. Tem também o café, o cacaua, que são produtos de alta exportação e que abastecem os países do mundo todo. Além disso, o cultivo de eucalipto também entra nesse modelo.
Em relação a rotação de culturas, ela pode ser dividida em grupos, como:
- Gramíneas: milho, arroz, sorgo, trigo, milheto, aveia preta, aveia branca;
- Leguminosas: grão-de-bico, feijão, soja, amendoim, feijão guandu, crotalária, lablab, tremoço;
- Asteraceae: Girassol.
Como saber com qual cultura rotacionar?
A entrada do milho no campo, por exemplo, é beneficiada com a sucessão a uma cultura que, em seu ciclo, demandava bastante manejo nutricional, como a soja, sendo assim, o solo apresenta bastante teor nutritivo para a planta do milho.
Outro cultivo rotacionado é entre aveia preta, milheto e soja, que também podem ser manejados com o intuito de produzirem palhada para o sistema no campo, diminuindo os riscos relacionados às modalidades de compactação e erosão.
Nos parâmetros que envolvem o aumento produtivo do milho e uma estruturação do solo, rotações entre a soja, girassol safrinha e o milho, podem trazer resultados positivos para o produtor.
Vamos entender as vantagens e desvantagens da monocultura e da rotação de culturas?
Quais são as vantagens da monocultura?
- Produção em menor tempo;
- Custos de Produção Reduzidos;
- Uso facilitado de herbicidas;
- Manutenção de ciclos de pragas e de doenças;
- Produção de espécies altamente expressivas para a economia de exportação.
Quais são as desvantagens da monocultura?
- Empobrecimento nutricional e exaustão do solo;
- Condições favoráveis para existência em larga escala de pragas e doenças;
- Retirada da cobertura vegetal;
- Desequilíbrio ecológico e perda da biodiversidade;
- Exploração dos recursos hídricos para irrigação.
Como você pode perceber, cultivar uma única espécie pode provocar a exaustão e o empobrecimento nutricional do solo, dentre todos os demais itens mencionados acima.
Outro fator negativo é que o cultivo recorrente de uma espécie em uma mesma área faz com que o produtor aplique mais agrotóxicos e fertilizantes para controlar pragas e plantas daninhas. O uso incorreto desses defensivos agrícolas pode provocar a contaminação do solo.
Em contrapartida, os agricultores investem em novas tecnologias na agricultura que ajudam a maximizar o seu desempenho agrícola. Entre as mais recentes soluções encontram-se drones e sensores terrestres para melhorar o manejo de seu solo e da sua lavoura.
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Quais são as vantagens da rotação de culturas?
Já que falamos da monocultura, vamos agora abordar sobre as vantagens da rotação de culturas. Dentre as principais estão:
- Melhoria das características físicas, químicas e biológicas do solo;
- Diversificação do plantio e de renda;
- Auxílio no controle e redução de plantas daninhas, doenças e pragas, por meio da quebra de ciclos;
- Restituição de matéria orgânica;
- Manutenção e melhoria da fertilidade do solo;
- Proteção do solo, com o aumenta a produção de biomassa ou palhada para cobertura;
- Viabiliza o sistema de plantio direto;
- Aumento na infiltração e retenção de água no solo;
- Controle da erosão;
- Otimização no uso de máquinas e mão de obra;
- Reciclagem de nutrientes e redução na utilização de fertilizantes químicos;
- Aumento e estabilização da produtividade das espécies vegetais;
- Aumento da eficiência econômica e agronômica dos sistemas de produção.
Quais são as desvantagens da rotação de culturas?
- Difícil elaboração de planejamento estratégico que atenda aos objetivos;
- Necessidade de maiores investimentos, especialmente em maquinário;
- Mecanização dependente de um trabalho bem dirigido;
- Dificuldade de créditos e de investimentos em culturas de menor expressão.
Como pode perceber, o sistema de rotação de culturas pode otimizar a agricultura, aumentando a produtividade, a qualidade do solo e a eficiência dos defensivos.
Em contrapartida, vimos que a monocultura proporciona uma redução nos custos da produção e sem contar que a produção de cultivos para exportação é bem expressiva para a economia do país.
Agora que você entendeu essas diferenças entre monocultura e rotação de culturas, planeje para saber qual será seu investimento a curto, médio e a longo prazo na sua propriedade.
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