O agronegócio passou por várias transformações com o passar dos tempos. Esse processo evolutivo onde o homem foi substituído por máquinas foi sendo implantado aos poucos. Isso fez com que otimizasse o uso de recursos nas áreas de plantio, elevasse tetos produtivos e, é claro, obtivesse uma colheita positiva.
Porém, existem alguns termos que se tornaram bem comuns quando o assunto é tecnologia na agricultura. A exemplo da Agricultura Digital, Agricultura de Precisão e Agricultura 4.0. Ah! E já está sendo falada há pouco tempo em Agricultura 5.0.
Mas afinal de contas, o que cada uma significa e quais suas diferenciações? É o assunto que vamos abordar neste texto.
Agricultura 4.0
A Agricultura Digital, também chamada de Agricultura 4.0, é um conjunto de tecnologias que de forma integrada e avançada auxilia agricultores a tomarem decisões assertivas baseadas em dados.
Isso se tornou possível no meio rural por meio de softwares, os quais otimizam o desempenho da cadeia produtiva em todas as fases do cultivo, do plantio até a colheita.
Essa revolução marcada pela modernização nas propriedades agrícolas e novas formas de produção de alimento, fez com que o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) avaliasse de que cerca de 67% das propriedades rurais brasileiras já utilizam algum tipo de tecnologia para agricultura, seja diretamente, no processo produtivo, ou na gestão da fazenda.
Esse conjunto de ferramentas e tecnologias como geolocalização através de GPS, análise de dados por meio de Big Data, uso de inteligência artificial e inserção de aparelhos com conectividade (Internet das Coisas) em máquinas e ferramentas é conhecida como Agricultura de Precisão.
Agricultura de Precisão
Existe uma grande sobreposição no significado entre Agricultura Digital e Agricultura de Precisão. É bastante comum encontrar eles sendo utilizados como sinônimos, porém, há uma pequena diferença entre os termos.
A Agricultura de Precisão é o sistema de gerenciamento agrícola que considera as características georreferenciadas de cada ponto da propriedade.
No Brasil, o uso desse sistema iniciou na década de 90. A sua aplicação foi intensificada com o aprimoramento do GPS, o que possibilitou a instalação de receptores em semeadoras, colheitadeiras e pulverizadores, associando os dados de produtividade com as coordenadas geográficas através do auxílio de satélite.
Mas com o passar dos anos, a Agricultura de Precisão tem sido usada em todas as áreas do setor do agronegócio de forma personalizada, oferecendo ferramentas para a otimização do uso de insumos.
Ou seja, assegura condições ideais à lavoura, seja por meio de aplicação de defensivos, monitoramento de pragas/doenças, irrigação e entre outros.
Desafios da Agricultura Digital

Não se pode deixar de lado que a Agricultura Digital trouxe benefícios no meio rural. Contudo, ainda há um longo caminho a ser percorrido. Isso porque existem, ainda, desafios que dificultam o uso de tecnologias nas lavouras.
1) Conectividade no campo
Uma pesquisa publicada pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) em 2020 sobre conectividade rural afirma que “o aprimoramento tecnológico atual depende, em grande medida, da oferta de conexão à internet”.
De acordo com o Censo Agropecuário 2017, apenas 28% dos estabelecimentos rurais tinham acesso à internet naquele ano, cenário que varia conforme o estado.
2) Capacitação no agronegócio
A capacitação no agronegócio possibilita ao produtor aumentar patamares na sua produtividade. Por isso, investir em capacitação é investir em pessoas e deve ser uma prioridade para o agricultor que deseja aproveitar os benefícios da Agricultura Digital.
3) Capacidade de investimento
Investir em tecnologia é importante para a longevidade do produtor no negócio. Uma das soluções é apostar em cooperativas e associações de produtores. Esses grupos de produtores podem ajudar a fomentar a agricultura digital no país.
Há desvantagens na Agricultura Digital?
Deve-se levar em conta que a Agricultura Digital vem abrindo as portas para diversas oportunidades de trabalho. Há quem defenda que esse avanço tecnológico no meio rural tem causado desemprego.
Mas a mão-de-obra ainda é necessária, porém mais direcionada ao manuseio e à manutenção dessas máquinas e equipamentos, por exemplo, até no desenvolvimento de novos produtos e inovações tecnológicas, ampliando o mercado já existente.
Portanto, a grande questão é atender as necessidades do agronegócio capacitando profissionais, de modo a prepará-los para essa nova era da agricultura.
E, a Agricultura 5.0?
Estudiosos definem o Agro 5.0 como a conexão tecnológica de ponta a ponta do setor produtivo.
Baseia-se em uma agricultura mais conectada do começo ao fim da safra, que utiliza tecnologias de sensores trabalhando de forma integrada como caminho para produzir mais, melhor e com menos custos.
Essa maneira de produção se acelerou nos últimos anos e, hoje, os especialistas já apontam a presença do Agro 5.0 na maioria das propriedades neste ano de 2022.
Isso se encaixa com a NetWord Agro, tanto que no final de 2019, a empresa formou uma parceria com a Biopark e montaram uma fazenda inteligente, chamada de NetWord Smart Farm.
Consiste em usar todas as tecnologias que a NetWord Agro disponibiliza ao produtor, desde o monitoramento e manejo do solo, irrigação, passando pelo manejo e monitoramento da lavoura, logística de colheita, armazenagem e escoamento da safra.
O que tem de concreto até agora é que a tecnologia, especialmente no meio rural, ainda trará muitas descobertas e facilidades para o campo, podendo, até mesmo, criar novas formas de trabalho que ainda não existem e que nem pensamos.
Ajudou a entender sobre as diferenciações entre Agricultura 4.0, Agricultura de Precisão e Agricultura Digital e Agricultura 5.0?
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